Os parlamentares alteraram uma lei recente que já declarava as forças dos EUA enviadas do Corno de África à Ásia Central, passando pelo Médio Oriente, como “terroristas” e estenderam agora essa denominação ao Pentágono, a todas as forças norte-americanas e a todos os envolvidos na morte de Soleimani.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano acusou hoje os Estados Unidos de lhe terem negado o visto para participar nas reuniões das Nações Unidas, em Nova Iorque.
O dia está a ser marcado pelo funeral do general, com os habitantes de Kerman a afluírem em massa ao centro da cidade iraniana, onde decorrem as cerimónias fúnebres, presididas pelo líder supremo iraniano, ayatollah Ali Khamenei.
Qassem Soleimani morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No mesmo ataque morreu também o ‘número dois’ da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular (Hachd al-Chaabi), além de oito pessoas.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e só terminou quando Donald Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.
No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.
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