No início de maio, os Estados Unidos revogaram as isenções concedidas a oito países (China, Coreia do Sul, Grécia, Índia, Itália, Japão, Taiwan e Turquia) que permitia a compra de petróleo iraniano sem que houvesse violação das sanções internacionais aplicadas contra o Irão em 2018.

“Temos vendas não-oficiais ou não-convencionais, as quais são sigilosas porque, se conhecidas, os Estados Unidos as impedirão imediatamente”, disse Zanganeh, em entrevista à Shana, a agência do Ministério do Petróleo.

Zanganeh recusou-se a dar detalhes sobre as vendas do petróleo iraniano, dizendo que não divulgaria qualquer valor até que “as sanções sejam levantadas”.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, retirou unilateralmente ss Estados Unidos, em maio de 2018, do acordo nuclear internacional alcançado em Viena em 2015, restaurando assim uma série de sanções económicas contra o Irão, visando o setor de petróleo em particular.

O acordo de Viena destinava-se a impedir que o Irão adquirisse a bomba atómica, mas Trump, para quem o texto de Viena não fornece garantias suficientes, optou por uma política de “pressão máxima” contra a República Islâmica para a forçar a renegociar um acordo que seria mais restritivo.

O Irão insiste que está fora de questão renegociar o Acordo de Viena.

Zanganeh reitera que a disposição de Washington de reduzir a “zero” as exportações de petróleo iraniano é um sonho.

De acordo com a Shana, o ministro admite que os Estados Unidos atingiram um patamar “diabólico” em termos de sanções.

“O Irão está a enfrentar atualmente as mais severas sanções da sua história”, queixou-se o ministro.

As sanções dos Estados Unidos à compra de petróleo iraniano entraram em vigor em novembro de 2018.

Segundo a Bloomberg, as exportações iranianas de petróleo passaram de 1,5 milhões de barris por dia em outubro de 2018 para 750.000 barris de petróleo por dia em abril.