Um ataque com drones, reivindicado pelos rebeldes iemenitas Huthis, provocou incêndios em duas instalações petrolíferas do gigante saudita Aramco em Abqaiq e Khurais na Arábia Saudita, obrigando este país, o maior exportador mundial de petróleo, a reduzir temporariamente a produção para metade.
O Iraque, que abriga muitas milícias e fações paramilitares próximas do Irão, está dividido entre os seus dois grandes patrocinadores: Teerão e Washington, cujo principal aliado na região é a Arábia Saudita, com a qual Bagdad tem fortes relações.
A Arábia Saudita anunciou recentemente que será reaberta, em meados de outubro, uma grande passagem para o Iraque, após quase três décadas de encerramento.
Após o ataque de drones, reivindicado por rebeldes iemenitas, o gabinete do primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdel Mahdi, negou categoricamente “as informações divulgadas nas redes sociais segundo as quais [o Iraque] foi usado para atacar com drones das instalações petrolíferas sauditas”.
“O Iraque está constitucionalmente comprometido em impedir qualquer uso do seu solo para atacar os seus vizinhos”, afirmou em comunicado.
“O governo iraquiano será extremamente firme com quem tentar violar sua constituição”, acrescentou.
O ataque já foi condenado pela Casa Branca.
A cadeia de televisão norte-americana CNN e o Wall Street Journal avançaram que o ataque que atingiu a Árabia Saudita poderia ter vindo do norte e não do sul, logo do Iraque ou do Irão, e não do Iémen.
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