A reação de Kim Yo Jong é uma resposta às declarações desta semana do governo sul-coreano sobre possíveis novas sanções unilaterais contra a Coreia do Norte por seus recentes lançamentos de mísseis.

"Este ato repugnante mostra mais claramente que a Coreia do sul é um cão fiel e um fantoche dos Estados Unidos", afirmou Kim num comunicado divulgado pela agência estatal KCNA.

"Pergunto-me que sanções a Coreia do sul, que não é mais do que um cão selvagem correndo atrás de um osso oferecido pelos Estados Unidos, vai impor de maneira descarada à RPDC", acrescentou, utilizando o acrónimo do nome oficial do Norte, República Popular Democrática da Coreia.

A irmã de Kim acusou o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, de criar uma "situação perigosa" e comparou-o de maneira desfavorável ao seu antecessor e defensor do diálogo, Moon Jae-in. Com ele, Seul "não foi o nosso alvo", afirmou.

"Pergunto-me por que o povo sul-coreano ainda permanece um espetador passivo de tais atos do governo de Yoon Suk Yeol e outros idiotas", disse.

A possibilidade de novas sanções de Seul foi anunciada após o lançamento na sexta-feira passada de um míssil balístico intercontinental, o mais recente de uma série recorde de testes de armas executados por Pyongyang este ano.

Estados Unidos e Coreia do Sul afirmam que os lançamentos podem ser uma preparação para o sétimo teste nuclear da Coreia do Norte.

Os ataques pessoais abruptos a outros líderes não são incomuns na Coreia do Norte.

Antes de ser indicado como candidato democrata, o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi descrito por Pyongyang como um "cão raivoso que deve ser agredido até à morte com um pedaço de pau". Também descreveu o ex-presidente Donald Trump como um "velho mentalmente perturbado".