O Tribunal deu como provado a grande maioria dos factos constantes na acusação.

Os dois arguidos, de 31 e 34 anos, foram condenados a um cúmulo jurídico de sete anos de prisão, por quatro crimes de roubo e um de falsificação de documento.

O coletivo de juízes decidiu absolver os réus do crime de detenção de arma proibida, por entender que os mesmos já tinham sido julgados pelos mesmos factos num outro processo.

No início do julgamento, os dois irmãos confessaram os crimes, divergindo apenas quanto ao valor subtraído num dos roubos e negando ter agredido o funcionário de um dos estabelecimentos assaltados. Afirmaram ainda que a arma utilizada nos assaltos não tinha munições.

Os arguidos, que justificaram os assaltos com dificuldades económicas, mostraram arrependimento e pediram “uma oportunidade” ao Tribunal.

Os factos remontam ao período entre janeiro e março de 2017, quando os arguidos assaltaram quatro gasolineiras na Feira e em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, de onde foram levadas quantias em dinheiro das caixas registadoras, totalizando cerca de 1.700 euros.

Na mesma noite, os arguidos chegaram a assaltar dois postos de abastecimento de combustível em Louredo e Argoncilhe, no concelho da Feira, com uma diferença de 15 minutos.

De acordo com a acusação do Ministério Público, os arguidos deslocavam-se para os locais de assalto em viaturas furtadas.

O irmão mais novo conduzia a viatura, enquanto o mais velho entrava nos locais com a caçadeira em punho e concretizava os roubos. Para não serem reconhecidos, os arguidos usavam um gorro na cara e luvas nas mãos.

Os arguidos, atualmente presos, já foram julgados num total de seis processos em Aveiro, Feira e Viseu, todos por assaltos à mão armada, totalizando mais de 42 anos de prisão a soma das penas parcelares.

Os dois irmãos estão ainda a ser julgados em Aveiro por mais um assalto a um posto de abastecimento de combustíveis em Albergaria-a-Velha, a 1 de fevereiro de 2017, de onde levaram 375 euros.

Após este último processo será feito o cúmulo jurídico que visará juntar numa só pena as várias condenações já proferidas.