O advogado de 57 anos, nascido no Paquistão, foi condenado a 28 anos de prisão no Tribunal da Criminal de Woolwich, em Londres, onde foi julgado um ano após a detenção na sequência de uma investigação conjunta do Reino Unido, dos Estados Unidos e do Canadá.

Choudary tinha sido considerado culpado, na semana passada, de dirigir a Al-Mouhajiroun (ALM) desde 2014, uma organização proibida no Reino Unido desde 2010.

Anjem Choudary destacou-se como um dos principais representantes do “Londonistan”, o movimento islamista radical que se instalou na capital britânica no início do século XXI.

Filho de um corretor da bolsa, tornou-se uma figura conhecida das autoridades e dos meios de comunicação social, organizando manifestações à porta de mesquitas, embaixadas e esquadras de polícia no Reino Unido.

O seu objetivo final, segundo ele, era hastear a bandeira do Islão no número 10 de Downing Street, a residência do Primeiro-Ministro.

No entanto, graças ao seu conhecimento da lei, evitou a prisão até 2016, quando foi condenado a cinco anos e meio de prisão por ter apelado ao apoio ao grupo Estado Islâmico numa série de vídeos publicados na rede social YouTube.

Foi libertado em outubro de 2018, após ter cumprido metade da pena, mas foi mantido sob vigilância e em 17 de julho de 2023 foi detido em Londres.

Agentes norte-americanos infiltrados interceptaram alguns dos seus contactos pela Internet e uma investigação estabeleceu que Anjem Choudary tinha assumido a liderança da ALM em 2014, quando o fundador, Omar Bakri, foi preso no Líbano.

Anjem Choudary alegou durante o julgamento que o ITS “não existia” e que a ALM tinha sido desmantelada em 2004.