“Há apenas duas possibilidades de os enfrentar, ou derrotá-los – e é sempre uma possibilidade – ou dissuadi-los e atualmente estamos envolvidos numa dissuasão firme”, disse Netanyahu a embaixadores em Telavive.
“Devo dizer que não excluímos qualquer possibilidade”, adiantou.
O primeiro-ministro israelita explicou que o que o Estado hebreu tenta fazer ao movimento islâmico Hamas é: “diminuir as suas capacidades, os seus meios terroristas e a sua determinação”.
“Esperamos poder restabelecer a calma e esperamos poder fazê-lo rapidamente. Quero dizer que fazemos isto tentando ao máximo evitar vítimas civis”, disse ainda.
Desde o início, a 10 de maio, deste novo ciclo de violência entre Israel e grupos armados na Faixa de Gaza, com o Hamas à frente, pelo menos 219 palestinianos foram mortos em ataques israelitas ao enclave palestiniano densamente povoado e sob bloqueio, segundo o Ministério da Saúde local.
Do lado israelita, morreram 12 pessoas nos disparos de ‘rockets’ a partir do território palestiniano, de acordo com a polícia.
Nos mais de 820 bombardeamentos que dizem ter feito a Gaza, as forças israelitas referem ter tido como alvos, além de locais de lançamento de ‘rockets’, vários quartéis-generais do Hamas, as casas dos seus dirigentes, equipamento e passagens subterrâneas utilizadas para movimentar munições e ativistas.
“Analisamos a questão do momento oportuno para um cessar-fogo”, mas “preparamo-nos para mais vários dias” de operação, indicou hoje um alto responsável militar do Estado hebreu, adiantando que Israel verifica se a ofensiva “atingiu os seus objetivos”.
Um relatório do Ministério da Informação de Gaza divulgado hoje refere que o território palestiniano foi alvo de 1.615 ataques aéreos israelitas desde dia 10, um número muito superior ao indicado pelo exército israelita.
Face à continuação da violência, a França apresentou na noite de terça-feira um projeto de resolução ao Conselho de Segurança para pressionar a ONU a “assumir” o dossier e assim acabar com o bloqueio, principalmente por parte dos Estados Unidos, à aprovação de uma simples declaração sobre o conflito por parte do órgão executivo das Nações Unidas.
Os combates da última semana começaram após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, também relacionadas com despejos de palestinianos de Cheikh Jarrah, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão, junto ao local mais sagrado do judaísmo.
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