De acordo com um vídeo transmitido pelo canal de televisão público Kan 11, um agente de segurança aproximou-se de Netanyahu e informou-o de um "alerta vermelho", com a consequente retirada do evento.

Antes de ser retirado, com a sua mulher, Sara, o primeiro-ministro saudou a assembleia, composta por cem eleitores membros do partido Likoud.

"Um projétil foi disparado da Faixa de Gaza para o território israelita e foi intercetado pelo sistema de defesa da Cúpula de Ferro", anunciou o exército num curto comunicado, acrescentando que as sirenes soaram especialmente na cidade de Ashkelon, onde foi realizado o comício de Netanyahu.

Em setembro passado, o líder do Likoud, então na campanha para as eleições legislativas, já havia sido retirado de um comício na cidade de Ashdod, no sul do país, quando as sirenes denunciaram o lançamento de mísseis.

Na próxima quinta-feira, os membros do Likoud vão votar para eleger o seu novo líder, como parte de um desafio do principal rival do atual primeiro-ministro, Gideon Saar, determinado a ocupar o seu lugar.

Em 02 de março de 2020, Israel irá efetuar a sua terceira eleição em menos de um ano para tentar resolver a pior crise política da sua história, com líderes do partido Likoud e do seu rival "Bleu-Blanc".

Incapazes de concordar com a formação de um governo de coligação, os opositores dispararam em 19 e 20 de dezembro dois mísseis de Gaza em direção a Israel, sem provocar vítimas, divulgou o exército.

Em resposta, a força aérea israelita bombardeou duas vezes as instalações do Hamas, partido que domina o enclave palestiniano.

Israel considera o movimento islâmico Hamas responsável por todos os mísseis disparados para o seu território, embora o Estado hebreu também tenha como alvo outros movimentos armados palestinianos na zona.

Desde 2008, Israel travou três guerras contra o Hamas e grupos armados aliados em Gaza, onde dois milhões de palestinianos vivem em conflito, pobreza e um bloqueio israelita imposto há mais de 10 anos.