
O ataque põe fim à pausa nos combates respeitada por ocasião da libertação do refém americano-israelita Edan Alexander, mantido em cativeiro no território palestiniano desde outubro de 2023.
O Ministério da Saúde de Gaza, território palestiniano governado pelo Hamas, relatou duas mortes e vários feridos no bombardeamento em Khan Yunis, no sul do território.
"O Exército israelita bombardeou o serviço de cirurgia do hospital Naser em Khan Yunis na madrugada de terça-feira e matou o jornalista Hasan Aslih, que trabalhava para várias organizações locais e árabes, além de várias agências", declarou à AFP o porta-voz da Defesa Civil em Gaza, Mahmud Bassal.
O porta-voz informou que Aslih era diretor do Alam24 e estava internado desde que havia sido ferido num outro bombardeamento em abril, que teve como alvo uma tenda utilizada por repórteres.
O Exército israelita afirmou que o bombardeamento em abril teve como alvo Aslih, acusado de ser do Hamas e que usava como cobertura o fato de ser jornalista.
Israel acusou Aslih de se ter "infiltrado em território israelita e participado do massacre assassino" de 7 de outubro de 2023.
O Comité para a Proteção dos Jornalistas condenou o ataque de abril.
As imagens da AFP mostram fumo a sair do hospital Naser e equipas de resgate a inspecionar os escombros no meio da noite.
"Os ataques não distinguem entre civis e combatentes", lamentou Abu Ghaly, funcionário do hospital. "Este é um hospital civil que recebe feridos continuamente, 24 horas por dia", acrescentou.
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