O dia de hoje foi marcado, mais uma vez, por palavras fortes trocadas entre Israel e o Hamas, sendo que o Hezbollah também se 'meteu ao barulho'.
O chefe dos serviços secretos israelitas (Mossad), David Barnea, prometeu que a agência "vai perseguir todos os membros do Hamas envolvidos no ataque de 7 de outubro" a Israel, independentemente do local onde se encontrem.
A promessa foi feita um dia depois de o “número dois” do Hamas ter sido morto num suposto ataque israelita em Beirute.
A resposta do grupo da Palestina não demorou muito com o líder supremo, Ismail Haniyeh, a prometer uma reação à morte de Saleh al-Arouri, número 2 da organização.
"Tudo faremos para que a morte de Saleh al-Arouri não seja esquecida, tudo!", salientou.
Horas depois foi a vez do líder do Hezbollah culpar Israel pelas explosões no Irão e pelo assassinato, na terça-feira, de Saleh al-Arouri. Israel não foi confirmado como o autor de nenhum dos acontecimentos, mas Nasrallah afirma que o objetivo de Israel é explusar os palestinianos do território.
"O objetivo é muito claro", afirmou o líder do Hezbollah, segundo o intérprete que traduzia em direto para inglês o seu discurso na televisão. Nasrallah referiu-se às "pessoas forçadas a abandonar as suas casas em Gaza e na Cisjordânia, em certa medida, e no sul do Líbano. Vimos os grandes perigos... mas ao mesmo tempo vimos a resistência e o desafio... a recusa em render-se de Gaza", disse.
Por tudo isto, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, defendeu hoje que a solução para o atual conflito no Médio Oriente tem de ser imposta pela comunidade internacional já que as partes em confronto “nunca se conseguirão entender”.
A solução para a guerra em curso entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas “tem de ser imposta a partir do exterior porque as duas partes nunca conseguirão chegar a acordo. Tem de ser a comunidade internacional a impô-la”, afirmou Josep Borrell, durante o Seminário Diplomático, que decorre hoje e quinta-feira em Lisboa.
*Com Lusa
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