“As forças da brigada de paraquedistas, da 7ª brigada e da unidade de engenharia de elite Yahalom completaram a sua missão, que durou cerca de duas semanas em Shujaiya, sob o comando da 98ª divisão”, informou o Exército israelita, num comunicado.
Neste último dia, as forças destruíram duas rotas subterrâneas, e em toda a operação conseguiram desmantelar até oito túneis usados pelas milícias palestinianas em Gaza para uso militar, tendo matado cerca de 150 combatentes inimigos, acrescentou o Exército.
Nos túneis, as forças encontraram armas, computadores portáteis e equipamentos de comunicação, bem como equipamentos e infraestruturas para uma longa permanência no local, incluindo fornecimento de gás e eletricidade.
“Durante os combates, as forças eliminaram dezenas de terroristas, destruíram complexos de combate e edifícios presos”, acrescentou o comunicado militar, referindo-se à terceira incursão terrestre em Shujaiya desde o início da guerra.
As forças israelitas já tinham realizado uma intensa operação militar em Shujaiya, um bairro no sudeste da Cidade de Gaza, reduto do Hamas, em dezembro passado, tendo deixado a área praticamente devastada.
Durante a ofensiva de dezembro, o Exército matou três reféns israelitas por engano, quando estes saíram com os braços erguidos e com bandeiras brancas para pedir ajuda, pensando que se tratava de uma armadilha.
Israel concluiu a sua operação em Shujaiya no mesmo dia em que ordenou a evacuação de toda a cidade de Gaza, para onde as suas tropas também regressaram nos últimos dias para lutar com as forças do Hamas, que estão a conseguir reconstruir áreas que o Exército desistiu de controlar.
A população de Gaza foi convidada a deslocar-se para a “zona segura” de Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza, mas as organizações humanitárias relatam que não há lugares seguros.
Nove em cada dez pessoas sofreram pelo menos um deslocamento no enclave desde o início da guerra, enquanto a maioria teve de se deslocar de um lugar para outro em diversas ocasiões, segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA).
Os nove meses de guerra provocaram a morte a quase 38.300 palestinianos na Faixa de Gaza e cerca de 88.000 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
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