“O Fórum das Famílias dos Reféns lamenta o assassínio de Idan Shtivi”, de 28 anos, cujo "corpo ainda se encontra" em Gaza, escreveu o Fórum num comunicado sem avançar mais pormenores, numa altura em que Israel assinala o primeiro aniversário do dia mais mortífero da sua história.
Dor Shapira, ex-embaixador de Israel em Portugal, adianta que Shtivi terá sido assassinado no próprio dia 7 de outubro e que o seu corpo terá sido levado para Gaza.
"Durante o último ano, Revital e eu tivemos a honra de conhecer e apoiar a família de Idan - a sua mãe Dalit, o seu irmão Omri e o seu pai Eli. Ao longo deste período difícil, testemunhámos como nunca perderam a esperança, lutando continuamente e acreditando, mesmo nos momentos mais negros, que Idan regressaria. Através das suas histórias, tornou-se claro como Idan era uma pessoa incrível. Partilho a profunda dor da sua família", lê-se na publicação.
Em Reim, no local do massacre no festival de música Nova, onde morreram mais de 370 pessoas, uma multidão de luto deu início às cerimónias com um minuto de silêncio, precisamente às 06:29 (04:29 em Lisboa), hora em que o movimento islamita palestiniano lançou o ataque sem precedentes no sul de Israel há um ano.
Esta cerimónia é a primeira de uma série de eventos que terão lugar ao longo do dia, enquanto o país continua em guerra em Gaza, e agora também no Líbano, onde o exército israelita lançou uma ofensiva terrestre contra o movimento fundamentalista xiita libanês Hezbollah.
Há um ano, comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza penetraram no sul de Israel, utilizando explosivos e 'bulldozers' para atravessar a barreira que rodeia o território palestiniano, matando indiscriminadamente em 'kibutzs', bases militares e no local do festival Nova.
Nas horas que se seguiram, o exército israelita lançou uma poderosa ofensiva contra o território palestiniano para destruir o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.
O ataque do Hamas, que apanhou Israel de surpresa, fez 1.205 mortos, na maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse (AFP) baseada nos números oficiais israelitas, incluindo os reféns que morreram em cativeiro.
As represálias militares na Faixa de Gaza mataram pelo menos 41.825 pessoas, na maioria civis, indicam dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, que a ONU considera fiáveis.
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