Israel informou aos Estados Unidos que pretende realizar operações terrestres "limitadas" contra o Hezbollah na fronteira com o Líbano, afirmou o Departamento de Estado nesta segunda-feira (30).

"Eu vi relatos sobre operações terrestres. Tivemos algumas conversas com eles sobre isso; neste momento nos disseram que se tratam de operações limitadas focadas na infraestrutura do Hezbollah perto da fronteira", disse a jornalistas o porta-voz do departamento, Matthew Miller.

O exército israelita declarou hoje também três áreas na fronteira com o Líbano como "zonas militares fechadas. As áreas de Metula, Misgav Am e Kfar Giladi, no norte de Israel, foram declaradas zonas militares fechadas. Entrar nesta área é proibido", informou o exército em comunicado.

O exército do Líbano anunciou esta tarde o reposicionamento de tropas no sul devido às ameaças de incursão de Israel.

Após o ataque ao Hezbollah, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, advertiu o Irão — seu arqui-inimigo e grande aliado do partido libanês —  de que "não há sítio no Oriente Médio ao qual Israel não possa chegar".

Pelo menos 25 pessoas morreram em bombardeamentos israelitas no Líbano nesta segunda-feira, incluindo três membros de um grupo palestiniano, o líder do Hamas no Líbano e um soldado libanês, segundo várias fontes citadas pela AFP. O Hezbollah, por sua vez, disparou foguetes em direção ao norte de Israel.

Israel, que deslocou reforços para sua fronteira norte com o Líbano, prometeu combater os "inimigos" e "eliminá-los" onde quer que estejam.