Os israelitas vão às urnas em 17 de setembro, para eleger os 120 membros do parlamento, depois de Benjamin Netanyahu não ter conseguido formar governo, na sequência das eleições de abril, que venceu, mas apenas conseguiu eleger 35 deputados.
A maioria dos parlamentares decidiu dissolver o parlamento, para evitar que Benny Gantz, do partido Azul e Branco, segundo classificado nas eleições de abril, fosse designado primeiro-ministro.
Para as eleições de setembro, a esquerda tenta impedir que o partido Likud, de Benjamin Netanyahu - que está no poder desde 2009 e que as sondagens indicam que volta a ser o preferido dos eleitores -, consiga vencer.
Dois partidos da esquerda, o partido Israel Democrático, recentemente formado por Ehud Barak, antigo primeiro-ministro de Israel, e o Meretz, que apenas conseguiu eleger quatro deputados nas eleições de abril, decidiram formar uma coligação e concorrer sob a designação de Campo Democrático, para tentar travar Netanyahu.
"Os fundadores desta coligação acreditam que formar o Campo Democrático é um passo inicial e crucial para colocar o Estado de Israel no caminho certo", explicaram os líderes dos dois partidos em comunicado.
Durante uma conferência de imprensa, hoje, Ehud Barak, que aparecerá no décimo lugar da lista da coligação, disse que esta é "um primeiro passo para levar Israel de volta aos trilhos e garantir o seu futuro enquanto estado judeu e democrático".
Para Nitzan Horowitz, líder da lista da aliança de esquerda, "a união democrática” que agora se funda “expressa o desejo de grande parte do povo de combater a corrupção, o racismo, a coerção religiosa, a ocupação e a desigualdade social".
Os dirigentes da coligação assumem que o objetivo principal é retirar Benjamin Netanyahu, que no sábado passado bateu o recorde de longevidade no poder em Israel, até agora detido pelo fundador do país, David Ben-Gurion.
Benjamin Netanyahu foi chefe de governo entre 1996-1999 e de novo depois de 2009 até hoje, tendo vencido também as eleições legislativas em abril.
Em fevereiro passado, Netanyahu foi formalmente indiciado de suborno e fraude, em três casos diferentes, numa situação que tem dificultado a tarefa do seu partido em encontrar parceiros para a formação de um governo de coligação, apesar de as sondagens o darem como provável vencedor das eleições em setembro.
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