As visitas ao cemitério de Loures já se realizavam desde 21 de setembro do ano passado, mas eram "apenas esporádicas" e pretendiam servir de "teste", referiu à agência Lusa o vereador com o pelouro do Ambiente, Tiago Matias, acrescentando que a partir de agora passará a existir "uma programação oficial e percursos temáticos".
"As visitas guiadas vêm valorizar a dimensão histórica do cemitério municipal de Loures e irão promover e proteger o seu património arquitetónico e cultural. Ele está intrinsecamente ligado à história da cidade e das suas gentes e por isso é importante manter e transmitir o seu legado histórico", sublinhou o autarca.
O cemitério municipal de Loures data do ano de 1890 e ocupa uma área total de cerca de um hectare, albergando perto de 2.000 sepulturas e 64 jazigos.
A sepultura do médico António de Carvalho Figueiredo (1853-1917), que se distinguiu no estudo da malária, e o jazigo do escritor Luís de Sttau Monteiro (1926-1993), autor, entre outras, da obra "Felizmente há Luar", são alguns dos principais pontos de interesse, aos quais se podem juntar o mausoléu da Junta Revolucionária de Loures e os talhões dedicados aos combatentes da Primeira Guerra Mundial e aos bombeiros do concelho.
"Apercebemo-nos de que os cemitérios são cada vez mais um ponto de história e o cemitério de Loures não é uma exceção. Temos a consciência de que estamos a falar de uma mudança de paradigma", apontou o vereador, defendendo que "o cemitério não deve ser encarado apenas como um espaço fúnebre".
As visitas temáticas ao cemitério de Loures realizam-se quinzenalmente, às quartas-feiras, mediante uma inscrição prévia, e têm uma duração máxima de uma hora.
O projeto de turismo cemiterial de Loures vai ser apresentado hoje na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), que decorre até domingo no Parque das Nações.
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