O decreto da exoneração de Faria, importante aliado do atual Presidente brasileiro, foi publicado no Diário Oficial da União e esclarece que a saída do gabinete foi solicitada pelo próprio ministro.

Ao contrário de casos semelhantes, o decreto não nomeia um substituto, pelo que se prevê que o atual secretário-geral do Ministério das Comunicações atue como interino até ao fim do Governo de Bolsonaro.

Faria assumiu a chefia do Ministério das Comunicações em junho de 2020, quando se tornou um dos políticos mais próximos de Bolsonaro.

O ex-ministro chegou a se desvincular do Partido Social Democrata (PSD) em março passado, depois que essa formação se abster de apoiar a campanha com a qual Bolsonaro tentou a reeleição, mas acabou derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde março, Faria é filiado no Partido Progressista (PP), formação que apoiou as aspirações à reeleição de Bolsonaro, mas agora negocia um possível apoio ao Governo de Lula da Silva.

Faria foi um dos coordenadores de campanha política da reeleição de Jair Bolsonaro, escolha que o forçou a desistir de disputar as eleições legislativas em outubro.

O ex-ministro chegou a denunciar que algumas rádios estavam a prejudicar a campanha eleitoral do atual Presidente brasileiro ao não divulgar a sua propaganda política obrigatória, alegações para as quais não apresentou provas, mas depois disse lamentar essa sua estratégia e de outros aliados de Bolsonaro de tentarem questionar a lisura das eleições, para solicitar o seu adiamento, sem sucesso.