Três dos ministros do Governo de Bolsonaro confirmaram a participação na Cimeira à agência Associated Press, sob condição de anonimato por não estarem autorizados a falar publicamente sobre o assunto.
Um eventual encontro bilateral em Los Angeles seria o primeiro entre Biden e Bolsonaro.
O Presidente brasileiro tinha recebido na terça-feira um convite, entregue pelo antigo senador democrata Christopher Dodd, o conselheiro especial nomeado pela Casa Branca para a Cimeira.
Bolsonaro tinha dito que ainda estava a estudar o assunto e que a viagem dependeria de “muitas coisas”, embora não tenha especificado nenhuma delas.
A Casa Branca indicou que Cuba, Nicarágua e Venezuela não serão convidadas para a reunião, o que causou mal-estar entre vários governos latino-americanos.
O primeiro a protestar contra a potencial exclusão destes três países foi o Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que anunciou a sua ausência se todos os países das Américas não fossem convidados, posição a que mais tarde se juntou o Presidente boliviano, Luis Arce.
Esta posição poderia ser imitada por alguns países das Caraíbas e tentará ser reforçada numa reunião de líderes da Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América (ALBA) que foi convocada por Cuba para sexta-feira.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, garantiu na quarta-feira que “em nenhum caso” participará na Cimeira.
No caso do conservador Bolsonaro, os casos de Cuba, Nicarágua e Venezuela não pesam muito, mas a sua relação com Biden não é das melhores, ao ponto de, na campanha eleitoral de 2020 nos Estados Unidos, ter apoiado abertamente o então Presidente Donald Trump.
Tal como Trump, o Presidente brasileiro também questionou o resultado dessas eleições e foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a vitória de Biden.
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