"O realojamento do Bairro da Jamaica, esse sim, é a grande ação de segurança e inclusão que este Governo está a fazer em ligação com a autarquia do Seixal, ao fim de décadas de esquecimento. Jamaica somos todos nós e, por isto, esta dimensão inclusiva de segurança e de resposta nas políticas urbanas é fundamental", afirmou o membro do Governo, que falava em Coimbra, no encerramento da conferência "Segurança Urbana - Os Municípios e a Proteção do Espaço Público".
Aos jornalistas, Eduardo Cabrita frisou que a segurança "é um desafio coletivo", considerando que o projeto de realojamento em curso - e que deve terminar em 2022 - vai alterar "aquilo que era uma situação socialmente inaceitável de guetização que durava há décadas".
Segundo o ministro, os problemas centrais da segurança urbana têm de “ser analisados na sua dimensão múltipla", como é o caso de políticas de urbanismo que promovam a inclusão e afastem a segregação.
Para Eduardo Cabrita, Portugal "é marcado por uma imagem de segurança e inclusão", permitindo atrair investidores, grandes eventos e criar emprego.
A confiança "que os portugueses têm nas suas polícias é algo que devemos valorizar a cada momento para que os resultados sejam sempre cada vez mais positivos", vincou.
Em 20 de janeiro, a polícia foi chamada a Vale de Chícharos (conhecido como Bairro da Jamaica) após ter sido alertada para "uma desordem entre duas mulheres".
Segundo a PSP, um grupo de homens reagiu à intervenção dos agentes da polícia quando estes chegaram ao local, atirando pedras. Do incidente resultaram feridos, sem gravidade, cinco civis e um agente.
Posteriormente foi convocada uma manifestação contra a violência policial, em frente ao Ministério da Administração Interna, que resultou também em incidentes entre participantes e a polícia.
Moradores do bairro, no distrito de Setúbal, têm afirmado que a polícia abusou da força, referindo também não terem participado em manifestações.
O Ministério Público e a PSP abriram inquéritos aos incidentes no Bairro da Jamaica.
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