Na sua conta oficial na rede social X (antigo Twitter), Jardim escreve que subscreveu o projeto de Manuel António Correia – que foi considerado um dos seus ‘delfins’ – “pela unidade e por um futuro de unidade” da estrutura social-democrata madeirense.
O ex-dirigente do PSD/Madeira realça a “coragem autonomista e a militância social-democrata do doutor Manuel António Correia ao candidatar-se à liderança do PSD/Madeira, apesar de o partido estar minado e controlado, por dentro, por interesses pessoais”.
Manuel António Correia, que foi secretário do Ambiente e Recursos Naturais nos governos regionais liderados por Jardim, formalizou na quinta-feira a candidatura às eleições diretas internas, marcadas para 21 de março.
Mais uma vez, o ex-governante vai disputar a liderança com o atual presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, que está à frente do partido desde 2014 e do executivo madeirense desde 2015, agora na qualidade de demissionário.
Em 2014, Manuel António Correia, então secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais no executivo chefiado por Alberto João Jardim, disputou a liderança do PSD/Madeira precisamente com Miguel Albuquerque, mas perdeu a corrida na segunda volta, obtendo 37% dos votos, contra 63% do adversário.
Depois de ter sido constituído arguido no processo que investiga suspeitas de corrupção na Madeira, Miguel Albuquerque demitiu-se do cargo de presidente do Governo Regional e a sua exoneração levou à queda do executivo, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, que está agora em gestão.
Em 21 de fevereiro, o Conselho Regional do PSD/Madeira indicou que as eleições diretas vão realizar-se em 21 de março e o congresso regional em 20 e 21 de abril.
“O objetivo desta marcação deveu-se à mudança de circunstância política”, explicou na altura o presidente daquele órgão, João Cunha e Silva, adiantado que “esta mudança espera pela decisão do Presidente da República”.
João Cunha e Silva garantiu também que o PSD está preparado para a possibilidade de o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, chamar o presidente do partido para formar novo Governo Regional, com base na atual maioria parlamentar PSD/CDS-PP/PAN, ou para o caso de convocar eleições antecipadas na região autónoma, que só poderá ocorrer depois de 24 de março, seis meses após as últimas eleições legislativas regionais.
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