“Com a morte de Fidel Castro, o mundo perdeu um homem que foi um herói para muitos. Alterou o rumo do seu país e a sua influência chegou muito mais além”, lê-se num comunicado assinado pelo chefe do executivo europeu, referindo que o legado desta “figura revolucionária do século XX” irá ser “julgado pela História”.

Juncker caracterizou ainda Fidel como “uma das figuras históricas do século passado e personificou a revolução cubana” e enviou as condolências ao atual chefe de Estado de Cuba, Raúl Castro, à família e ao “povo de Cuba”.

Numa nota divulgada em espanhol, a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini indicou que a Europa “continuará a avançar com o seu forte compromisso com Cuba”.

A vice-presidente da Comissão Europeia começou por transmitir os “mais sentidos pêsames” ao irmão Raul, familiares e amigos do falecido Fidel Castro para depois caracterizar Fidel como um “homem decidido e também uma grande figura histórica”.

“Morreu num momento de grandes desafios e incertezas, assim como de grandes alterações no seu país”, acrescentou a italiana, que recordou o acordo de diálogo político e cooperação alcançado na passada primavera.

“A UE iniciou um novo capítulo nas já estreitas relações com o povo cubano. A UE continuará a avançar no seu forte compromisso com Cuba”, rematou.

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, tinha referido, na rede social Twitter, que a “União Europeia está com o povo cubano olhando para o futuro”, numa mensagem escrita em espanhol.

“Fidel Castro marcou Cuba, a América Latina e a política global. Encerra-se um capítulo da História. A UE está com o povo cubano olhando para o futuro”, escreveu o político alemão.

O antigo presidente de Cuba morreu na noite de sexta-feira, aos 90 anos, às 22:29 (03:29 de sábado em Lisboa).

Através de um breve comunicado, o Conselho de Estado cubano decretou "nove dias de luto nacional", desde hoje até ao dia 4 de dezembro, domingo e acrescentou que "todas as atividades e espetáculos públicos" serão interrompidos.

As cerimónias fúnebres vão realizar-se a 4 de dezembro, em Santiago de Cuba, no sul do país.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse não estar ainda definida a forma como Portugal se fará representar no funeral de Fidel Castro.