“Não percebo a preocupação do Presidente da República porque na década de 90 a lei foi aprovada pelo PSD e CDS e ninguém teve esse prurido, de contar com os outros”, disse Jerónimo de Sousa, referindo-se ao diploma aprovado em 1990, com os votos favoráveis do PSD e do CDS e contra da esquerda parlamentar.
O secretário-geral comunista falava aos jornalistas à margem da manifestação dos professores, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, após ter sido questionado sobre uma notícia do jornal Público que refere uma “ameaça de veto à lei” de bases da Saúde caso o diploma seja negociado e aprovado sem incluir o PSD.
Jerónimo de Sousa sublinhou que “há um processo negocial que decorre” e que “há condições para aprovar uma lei necessária à defesa do Serviço Nacional de Saúde”, afirmando que o PCP está disponível para essa discussão.
“Quem é determinante naturalmente é o PS, contem connosco para avançar e garantir o Serviço Nacional de Saúde”, acrescentou.
Já hoje, numa conferência na Reitoria da Universidade do Porto, o Presidente da República defendeu que este "não é o momento ideal" para discutir a Lei de Bases da Saúde, considerando preferível que esta fosse discutida em "princípio de legislatura".
Por seu lado, à margem de uma visita ao concelho do Sardoal, o primeiro-ministro afirmou que o governo quer ver aprovada a nova Lei de Bases da Saúde na presente sessão legislativa, para assinalar os 40 anos do Serviço Nacional de Saúde, e com a "maior maioria possível".
Comentários