“Nós acreditamos, perfeitamente, que podemos realizar o nosso congresso com todas as condições de segurança”, afirmou Jerónimo de Sousa, questionado pelos jornalistas, no final de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a declaração do estado de emergência como resposta ao surto epidémico.
Acerca da possibilidade de a pandemia alterar os planos os comunistas, Jerónimo de Sousa sorriu e comentou: “Longe vá o agoiro.”
O líder comunista relativizou ainda o calendário partidário perante os problemas com a pandemia de covid-19 a que, disse, o país tem que dar resposta.
Em 12 de outubro, o secretário-geral do PCP afirmou, numa entrevista ao programa Polígrafo, na SIC-Notícias, que o seu partido “ainda precisa” da sua contribuição, e nada disse de definitivo sobre se continuará no cargo após o congresso que se realiza no final do mês em Loures, distrito de Lisboa.
O líder dos comunistas, que em 20 de setembro a admitiu implicitamente continuar à frente do partido, aconselhando a que se apostasse numa “tripla” quanto ao seu futuro - ”sair, ficar ou ficar mais um bocadinho”, repetiu, por três vezes, que a questão do secretário-geral “não vai ser um problema” no congresso.
Jerónimo de Sousa admitiu pela primeira vez não se recandidatar à liderança do partido porque “é da lei da vida”, embora frisando não ir “calçar as pantufas” e que se manterá como militante comunista, numa entrevista à Lusa em março de 2019.
O secretário-geral é eleito pelo comité central, no XXI congresso do PCP, agendado para novembro, que, antes, elege o novo comité central em resultado do debate interno que será feito nos próximos meses.
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