O Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP) está "totalmente degradado, os privados não investiram um cêntimo na sua manutenção e modernização" e o Governo resolveu dar-lhes "um bónus de sete milhões de euros", afirmou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista, que falava na apresentação do cabeça de lista da CDU pelo círculo de Évora nas eleições legislativas de 06 de outubro, defendeu que a passagem do SIRESP para a alçado do Estado "já deveria ter acontecido" e discordou dos contornos do negócio.

"É um serviço que está reduzido a osso, como se verificou, aliás, com as dramáticas consequências dos incêndios, e agora eles, que relaxaram o serviço e o deixaram numa situação vulnerável", dizem ‘tomem lá mas deem para cá sete milhões de euros’", disse.

"E o Governo tão somítico com os trabalhadores, com os reformados, com aqueles que lutam por uma vida melhor, por melhores salários, reformas e pensões, pois a esses lá vem sempre a desculpa de que não há dinheiro. Pois não, ele não estica e é esta e outras medidas que levam à situação em que se encontra o país", acrescentou.

O Estado comprou por sete milhões de euros a parte dos operadores privados, Altice e Motorola, no Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança, foi hoje anunciado pelo Governo.

O decreto-lei, aprovado hoje em Conselho de Ministros, "transfere integralmente para a esfera pública" as funções relacionadas com a gestão, operação, manutenção, modernização e ampliação da rede SIRESP, e também a estrutura empresarial.

A transferência será feita em 01 de dezembro de 2019 e o Estado vai pagar sete milhões de euros, que corresponde a 33.500 ações, afirmou, no final da reunião, o secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo.

O SIRESP é detido em 52,1% pela PT Móveis (Altice Portugal) e 14,9% pela Motorola Solutions, sendo 33% da Parvalorem (Estado).

Na sessão de apresentação do atual líder parlamentar do PCP, João Oliveira, como primeiro candidato por Évora nas próximas legislativas, que decorre num hotel da cidade alentejana, o secretário-geral do PCP advertiu também que estão em jogo nas eleições "dois caminhos".

"Avançar no que se conquistou e responder aos problemas do país, dando mais força à CDU, ou andar para trás pela mão de PS, PSD e CDS", concluiu.

Já João Oliveira acusou o PS e os seus governos de se limitarem a fazer do novo Hospital Central do Alentejo, previsto para Évora, "argumento de propaganda eleitoral para conquistar votos", considerando que "faltou a este Governo do PS o mesmo que faltou aos anteriores, faltou-lhe vontade política e preocupação com a saúde dos alentejanos" para avançar com o projeto.

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