Num comunicado enviado às redações, o ADN diz que "combate e não aceita a discriminação que é feita a todos os partidos sem representação parlamentar", acrescenta ainda que "perante a ausência da estação de televisão pública, com a agravante desta ser subsidiada com os impostos dos contribuintes, na apresentação da nossa candidata cabeça-de-lista ao parlamento europeu, apresentámos uma participação na CNE contra a RTP".
É a essa queixa que a CNE responde agora depois do ADN ter questionado "qual a razão para que a RTP tenha dado cobertura jornalística às candidaturas do partido CHEGA e do partido LIVRE às eleições europeias, tendo já feito posteriormente o mesmo às do Iniciativa Liberal e do PAN, visto que todos estes partidos também não têm representação parlamentar no parlamento europeu, e não tenha dado à do partido ADN."
A deliberação da CNE dá razão a Joana Amaral Dias e ao ADN, respondendo que “os critérios jornalísticos não podem, portanto, contrariar os comandos legais que concretizam os referidos princípios constitucionais e, para serem oponíveis às candidaturas, não podem ser secretos e discricionários”.
Tal como referido na deliberação da CNE, “os critérios jornalísticos não podem, portanto, contrariar os comandos legais que concretizam os referidos princípios constitucionais e, para serem oponíveis às candidaturas, não podem ser secretos e discricionários”, motivo que fundamenta o nosso pedido de reunião urgente enviado ontem aos 3 directores de informação da RTP, SIC e TVI, a fim de travarmos a discriminação que pretendem fazer ao partido ADN nos debates eleitorais. Nesse sentido, caso o bom-senso não impere, iremos apresentar, na próxima semana, uma providência cautelar para que a lei seja cumprida. A deliberação da CNE vem-nos dar razão quando afirmamos que não existem motivos legais ou objectivos para que a nossa candidata, Dra. Joana Amaral Dias, seja impedida de participar nos debates em que estejam presentes outros partidos que também não têm representação parlamentar europeia, nomeadamente o CHEGA, o Iniciativa Liberal, o LIVRE e o PAN. Reiteramos que é um facto inquestionável que o partido ADN ganhou uma enorme relevância junto dos portugueses que não pode ser desprezada e que, em conjunto com a notoriedade da nossa candidata, a nossa inclusão nos debates televisivos na televisão pode ajudar a garantir que os mesmos sejam justos, informativos e representativos, contribuindo para um processo democrático mais robusto e inclusivo
Já ontem, o SAPO24, havia noticiado que Alternativa Democrática Nacional havia informado que solicitou uma reunião com os diretores dos canais generalistas para por fim à "discriminação negativa sobre os partidos sem assento parlamentar" nos debates.
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