De acordo com os números divulgados pela comissão eleitoral, em Luanda, votaram 2.342 delegados ao congresso e registaram-se ainda seis abstenções.

A comissão eleitoral declarou que estas eleições — por voto secreto – foram livres, transparente e justas.

João Lourenço, Presidente da República desde setembro de 2017, ascende assim à liderança, também, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder desde 1975.

Durante a manhã, o presidente cessante do MPLA, José Eduardo dos Santos, despediu-se das funções, assumindo que cometeu erros ao longo dos quase 40 anos no poder em Angola, mas garantindo que sai de “cabeça erguida”.

“Não existe, naturalmente, qualquer atividade humana isenta de erros e assumo que também os cometi, pois só deste modo os podemos ultrapassar”, disse o também ex-chefe de Estado angolano (1979-2017), no discurso de abertura do sexto congresso extraordinário do MPLA, convocado para eleger João Lourenço como novo líder do partido.

“Esta é a minha última intervenção na qualidade de presidente do MPLA”, começou por afirmar, recordando que assumiu aquele cargo em 21 setembro de 1979, após a morte do então presidente e chefe de Estado (1975-1979), António Agostinho Neto.

“É de cabeça erguida que estou neste grande conclave do nosso partido”, disse ainda, ao dirigir-se aos mais de 2.000 delegados, ao mesmo tempo que se assumiu “pronto para passar a liderança do partido ao próximo presidente”, mas sem referir o nome de João Lourenço, vice-presidente e chefe de Estado, que será eleito hoje líder do MPLA.

“Deixo-vos o meu modesto legado, para que continuem a trilhar os caminhos das nossas figuras”, afirmou, por entre vários momentos de palmas dos delegados.

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