Desprezado por ser considerado um deporto de ricos, o golfe ganhou um novo fervor a partir da década de 1980, posição que consolidou nos anos 1990, no país. No entanto, em 2015, o Presidente Xi Jinping considerou o golfe um desporto inacessível para os cerca de 88 milhões de militantes do PPC, entre outras medidas.
“O campo de golfe está gradualmente a transformar-se num campo de lama, onde se troca dinheiro por poder”, escrevia um jornal estatal em 2015, segundo o The Guardian, numa clara alusão a crimes de corrupção que eram fechados em momentos de aparente lazer.
Mas, recentemente, o PPC resolveu voltar atrás na sua posição: “Uma vez que se trata apenas de um desporto não há um certo ou um errado em jogar golfe”, pode ler-se num artigo do jornal oficial da Agência Anticorrupção da China.
O jornal apontou o artigo 87 do regulamento disciplinar do PPC que lida com potenciais punições face à posse de cartões de membros de clubes de golfe. “Os funcionários (do Estado) podem jogar golfe enquanto a nação intensifica esforços para reprimir a corrupção e promover a austeridade?”, questiona o jornal, concluindo que “a resposta é sim – se a pessoa em questão pagar para isso do seu próprio bolso” e finaliza que “jogar-se golfe por si só não é um delito”.
O escrutínio sob a prática da modalidade é apenas uma das várias medidas levadas a cabo para erradicar a corrupção pelo Presidente Xi Jinping.
Desde que chegou ao poder, algumas das figuras mais poderosas do partido foram detidas, incluindo o ex-chefe de segurança, Zhou Yongkang, assim como alguns dos membros mais antigos do Exército de Libertação do Povo. “Para forjar o ferro é preciso ser forte”, declarou Xi Jinping em janeiro passado.
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