Eastman entregou-se numa prisão do condado de Fulton, tendo sido autuado e libertado pouco tempo depois.
O advogado foi acusado na semana passada ao lado de Trump e outras 17 pessoas, acusados pela procuradora distrital Fani Willis de conspirar para subverter a vontade dos eleitores da Geórgia numa tentativa desesperada de manter Joe Biden fora da Casa Branca. Foi o quarto processo criminal movido contra o ex-presidente Republicano.
Trump, cuja fiança foi fixada na segunda-feira em 200 mil dólares (184,4 mil euros), disse que se entregará às autoridades do condado de Fulton na quinta-feira.
As condições da sua fiança proíbem-no de intimidar co-réus, testemunhas ou vítimas do caso, inclusive nas redes sociais. Ele tem um histórico de atacar os procuradores que lideram os casos contra si, incluindo Willis.
Eastman disse, em comunicado fornecido pelos seus advogados, que se entregava hoje após “uma acusação que nunca deveria ter sido apresentada”.
Criticou ainda a acusação por ter como alvo “advogados e a sua zelosa defesa em nome dos seus clientes”, e disse que cada um dos 19 réus tinha o direito de confiar no conselho de advogados e em precedentes legais anteriores para contestar os resultados da eleição.
Ex-reitor da Faculdade de Direito da Universidade Chapman, no sul da Califórnia, Eastman foi um conselheiro próximo de Trump na ocasião do ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio norte-americano pelos apoiantes do magnata, que tentavam impedir a certificação da vitória eleitoral de Biden.
Eastman escreveu um memorando expondo as medidas que o vice-presidente Mike Pence poderia tomar para interromper a contagem dos votos eleitorais enquanto presidia a sessão conjunta do Congresso em 6 de janeiro, a fim de manter Trump no cargo.
Após as eleições de 2020, Eastman esteve entre os que pressionaram para implementar uma lista de eleitores “alternativos”, certificando falsamente que Trump venceu, e tentaram pressionar Pence a rejeitar ou atrasar a contagem dos votos eleitorais legítimos para o Democrata Joe Biden.
O fiador Scott Hall, que foi acusado de participar na violação de equipamento eleitoral na zona rural de Coffee County, na Geórgia, também se entregou hoje na prisão do condado de Fulton.
Dois outros réus, o ex-advogado do Departamento de Justiça Jeffrey Clark e o ex-presidente do Partido Republicano da Geórgia, David Shafer, entraram com documentos com o objetivo de transferir o caso para um tribunal federal.
A procuradora Willis já deu entrada com o caso no Tribunal Superior do Condado de Fulton, onde a acusação foi apresentada, propondo a data do julgamento para 4 de março. Manobras legais, como as tentativas de levar o caso ao tribunal federal, podem atrasar o início de um julgamento.
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