Hoje, no Museu Militar, em Lisboa, Jorge Sampaio discursou na apresentação do livro "História Militar de Portugal" - obra coordenada pelo ex-ministro socialista Nuno Severiano Teixeira -, tendo o antigo chefe de Estado reiterado que "a dignificação e o prestígio das Forças Armadas passam, em larga medida, pela forma como se integram na Nação e cumprem as missões no país e no exterior".
"O mundo vive hoje uma nova era em que a afirmação dos Estados passa muito pelo papel que possam desempenhar na gestão internacional das crises e nas tarefas de cooperação, e as Forças Armadas Portuguesas estão já nessa era, com dignidade e dedicação, prestando um inestimável serviço a Portugal. A contribuição das Forças Armadas em tão importantes missões afigura-se como insubstituível", defendeu.
Jorge Sampaio recordou que, enquanto Presidente da República, se empenhou, "desde a primeira hora, a favor de uma presença efetiva de Portugal nas missões militares internacionais".
"No exercício das minhas funções, garanti que o Conselho Superior de Defesa Nacional pudesse ter uma intervenção efetiva na definição das missões externas e no seu acompanhamento regular", sublinhou.
A leitura da obra - cujo convite aceitou sem saber se poderia estar presente, uma vez que nessa altura estava hospitalizado - "conforta estas convicções e apresenta argumentos fortes em prol de umas Forças Armadas".
Esses argumentos orgulham, na opinião de Jorge Sampaio, "não só a instituição militar, pelo alto profissionalismo, a competência, o espírito de missão e a dedicação dos seus militares, em servir Portugal", mas que prestigia "a todos, como cidadãos de um país democrático, em que a defesa nacional constitui uma tarefa essencial do Estado, partilhada por todos os portugueses".
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