Mostrando-se preocupado com o aumento das temperaturas nos próximos dias, algumas das quais poderão “ultrapassar mesmo os 40 graus”, José Luís Carneiro considerou ser “muito relevante” que todos tenham “cuidados redobrados no uso do fogo, máquinas agrícolas e florestais, para evitar as ignições”, pois evitando-as está a contribuir-se “para um país mais seguro e para a proteção da vida das pessoas e do património”.
O governante disse que os nos próximos dias o três “indicadores de risco” vão ultrapassar o “índice de perigosidade”, já que se preveem ventos superiores a 30 quilómetros por hora e uma humidade inferior a 30%.
José Luís Carneiro falava no ´briefing` de segurança do destacamento eventual da Guarda Nacional Republicana (GNR) na véspera do fim da Volta da Portugal em bicicleta.
Ao referir tratar-se de “um dia muito especial da prova”, o governante “deixou uma palavra de gratidão” à GNR e PSP que tem estado noutros locais e noutras operações para garantir a segurança da prova.
O ministro da Administração Interna considerou ainda que o estudo desenvolvido pela Polícia Judiciária (PJ) sobre o comportamento dos responsáveis de práticas incendiárias deve ser conhecido “para que todos possam formular e ter uma opinião sobre o assunto”.
Para não ser “mal interpretado”, sugeriu que seja ouvida “a opinião dos especialistas sobre esta matéria e que procurem conhecer as conclusões desse estudo”.
Lembrou ainda no local o “exemplo de inovação dado pela GNR” no que respeita a equipamentos de proteção para motociclistas da guarda.
“Temos no país uma média de 100 mortos por uso de motociclos ou ciclomotores e esta é uma média triste que deve mexer com a consciência coletiva”, disse.
O ministro sublinhou ainda que a GNR desenvolveu um equipamento que permite acionar um ´air bag` no dorso, tronco e em zonas vitais do corpo, uma experiência a alargar aos motociclistas da Guarda e aos amantes portugueses de motociclismo.
Questionado sobre se Portugal ia enviar de novo meios para auxílio no combate aos incêndios em curso no Canadá, José Luís Carneiro lamentou o que está a acontecer naquele país e noutros do mundo como “Espanha, Grécia ou Hawai”, a quem enviou palavras de solidariedade.
Lembrando que Portugal já tinha enviado auxílio para o Canadá quando as condições atmosféricas em Portugal o permitiam, o ministro salientou: “a realidade mostra que temos todos que estar cada vez mais preparados enquanto sociedade para nos protegermos dos incêndios extremos.
Questionado sobre se já há substituto para Magina da Silva na direção nacional da PSP, o ministro referiu tratar-se de um assunto “que está a ser tratado dentro de uma séria ponderação e de um diálogo interinstitucional” e que “no momento oportuno” será divulgada a decisão.
Sobre a exigência de melhorias de condições de trabalho na GNR e PSP, José Luís Carneiro disse que, tal como os anteriores, os futuros Orçamentos do Estado vão contemplar verbas para esses itens.
“Há um diálogo que tem vindo a ser desenvolvido com os sindicatos representantes da polícia e também da associação dos trabalhadores da guarda que vai continuar nos próximos tempos porque os elementos das forças de segurança merecem-nos não apenas palavras de gratidão, mas também investimento na melhoria das suas condições de vida, das suas condições salariais e das infraestruturais das forças dos serviços de segurança”, concluiu.
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