Alex Batty, natural da cidade inglesa de Oldham, foi encontrado por um estafeta de farmácia numa área montanhosa do sul de França. As autoridades da polícia francesa e britânica confirmaram a sua identidade.
A polícia suspeita que a sua mãe e o avô o sequestraram em 2017, quando ele tinha 11 anos, sob o pretexto de férias em Espanha, para depois viver em comunidades espanholas de estilo de vida alternativo e nos Pirineus franceses.
"Eles não queriam que ele fosse à escola. Não acreditam na escola convencional", disse Caruana ao jornal The Times. "Conversei com ele esta tarde e sem dúvida é ele. Ele falava como uma criança quando estava connosco e agora conversei com um homem", destacou a avó do jovem, Susan Caruana.
"A nossa prioridade é trazê-lo de volta para o Reino Unido (...) Espero que aconteça nos próximos dias", declarou Chris Sykes, da polícia de Manchester, numa conferência de imprensa.
A sua avó, separada do marido, e que, segundo os meios de comunicação britânicos, tinha a guarda da criança, recebeu com alegria o seu aparecimento.
"Esperamos que a avó venha buscá-lo e inicie o processo de repatriação com os britânicos", disse um advogado de Toulouse, Samuel Vuelta-Simon, confirmando que o jovem está "num local seguro" e sob os cuidados dos "serviços sociais".
O paradeiro da mãe e do avô é desconhecido por enquanto, mas estão a ser procurados devido ao desaparecimento do jovem.
O momento em que Alex foi encontrado
Fabien Accidini encontrou Batty depois de o jovem passar cerca de quatro dias a vaguear por uma área montanhosa.
Accidini, que trabalha para uma farmácia como estafeta na região, disse que chovia muito quando o colocou no seu carro, onde o jovem contou a sua história.
"Disse que a sua mãe o sequestrou quando ele tinha cerca de 12 anos (...) Desde então, tinha morado em Espanha numa casa luxuosa com cerca de dez pessoas. Chegou a França por volta de 2021", explicou.
Batty tinha morado com a mãe numa "comunidade espiritual" em França e não tinha "nenhum rancor em relação a ela, mas queria voltar para a sua avó", acrescentou.
O jovem disse também que morou com a sua mãe e o avô numa "comunidade nómada", entre Aude e Ariège, em França.
Com tudo isto, a polícia reconheceu que alguns aspectos do caso ainda não estavam claros. "Ainda temos trabalho a fazer para estabelecer todas as circunstâncias em torno do seu desaparecimento e sobre onde esteve todos estes anos", foi referido.
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