Originário do Quebec, no Canadá, o jovem de 15 anos apresentou, em julho de 2014, um projeto escolar em que defende a teoria de que a civilização maia escolhia a localização das suas cidades em função das constelações de estrelas.

Tudo porque, ao fazer uma análise de 22 constelações usadas pelos maias,William Gadoury concluiu que há uma correspondência entre a localização dessas constelações e a localização de 117 cidades maias.

Se este já era um feito suficientemente importante, uma vez que o jovem de 15 anos estabeleceu uma relação nunca antes feita por qualquer especialista no estudo desta civilização, William pode ainda ter descoberto pistas para a localização de uma cidade maia nunca antes sinalizada.

Quando começou a estudar uma 23ª constelação utilizada por esta civilização, composta por três estrelas, William apercebeu-se de que havia duas cidades correspondentes à localização de duas das estrelas, mas havia uma cidade em falta para a terceira estrela, de acordo com o The Independent.

Ao analisar uma imagem de satélite fornecida pela Agência Espacial Canadiana e depois de mapear a zona com a ajuda do Google Earth, William apercebeu-se de que nessa localização, na península de Yucatán, no México, um local de difícil acesso e que tem sido pouco estudado devido à sua densa vegetação, pode estar uma cidade maia ainda totalmente desconhecida, explicou Daniel De Lisle, da Agência Espacial Canadiana.

“Há vestígios nas imagens que sugerem que há algo debaixo da densa vegetação”, afirmou De Lisle ao The Independent.

Armand La Rocque, professor da Universidade de New Brunswick, no Canadá, afirmou que uma das imagens mostra uma rede de ruas e uma forma quadrangular que pode ser uma pirâmide. “Um quadrado não é uma coisa natural, é geralmente artificial e dificilmente pode ser atribuído a um fenómeno natural”, explicou, acrescentando que “ se juntarmos estes dados temos muitas pistas que nos indicam que pode existir uma cidade maia nesta zona”.

De acordo com Armand La Rocque, esta relação feita por William pode conduzir a novas descobertas de outras cidades maias não sinalizadas. Para já, o feito de William Gadoury será publicado numa revista científica e o próprio irá apresentar as suas conclusões num encontro científico em 2017, no Brasil.