“A nossa luta tem recebido o apoio bipartidário nos EUA. É necessário mantê-lo para restaurar a democracia na Venezuela e contribuir para a segurança e estabilidade do hemisfério”, disse Juan Guaidó na sua conta na rede social Twitter.
Na mesma rede social, Juan Guaidó agradeceu várias mensagens de apoio de políticos norte-americanos, entre as quas a o congressista republicano Michael McCaul, que expressou “gratidão” ao opositor venezuelano e ao representante da oposição nos EUA, Carlos Vecchio, pelos “esforços heróicos para restaurar a democracia na Venezuela”.
O opositor agradeceu também aos senadores democratas Dick Durbin e Bob Menendez e à congressista democrata Debbie Schultz e pediu-lhes que “mantenham o apoio a milhões de venezuelanos que continuam padecendo da crise gerada pela ditadura”.
Em 30 de dezembro, a oposição venezuelana decidiu pôr fim ao governo interino de Juan Guaidó, criado em 2019, e prolongou por mais um ano a existência do parlamento opositor eleito em 2015.
A decisão teve lugar numa sessão virtual em que participaram os deputados da Assembleia Nacional eleita em 2015, de maioria opositora, cujo mandato já caducou, mas que continua em funções uma vez que a oposição não reconhece os resultados das eleições legislativas de 2020, onde o regime chavista deteve a maioria parlamentar.
Juan Guaidó considerou a sua demissão uma vitória do chavismo.
Em 03 de janeiro, os Estados Unidos anunciaram que respeitam a decisão da Assembleia Nacional de 2015, controlada pela oposição, de extinguir o governo de Juan Guaidó, que Washington tem reconhecido como Presidente interino do país sul-americano.
“A Assembleia Nacional de 2015 renovou o seu mandato, tomou as suas decisões e respeitamos e respeitaremos as decisões a tomar”, explicou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em conferência de imprensa.
Questionado se a Administração Biden ainda reconhece Juan Guaidó como seu interlocutor na Venezuela, Price disse que vai continuar a trabalhar com o opositor ao regime de Nicolás Maduro “como membro da Assembleia Nacional de 2015”.
Ned Price destacou ainda que a posição dos Estados Unidos em relação ao Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, “não vai mudar”, porque “não é o líder legítimo da Venezuela”.
O porta-voz da diplomacia norte-americana quis sublinhar que Washington vai continuar a reconhecer a legitimidade da Assembleia Geral de 2015, porque “é a última instituição democraticamente eleita na Venezuela”.
“Nós e outras democracias da região continuaremos a apoiar os esforços da Assembleia Nacional de 2015 para devolver a democracia à Venezuela”, enfatizou Price.
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