A decisão foi anunciada na quarta-feira pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, que absolveu Lula da Silva de uma das acusações sobre branqueamento de capitais e da acusação de organização criminosa, mas determinou a continuidade do processo.

Neste caso, o Ministério Público Federal (MPF) acusou o ex-presidente de usar sua influência para liberar financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para projetos da contrutora Odebrecht em Angola.

Os investigadores alegaram que Lula da Silva e os outros envolvidos no caso teriam dissimulado o recebimento ilícito de 30 milhões de reais (7,1 milhões de euros) da Odebrecht para, em troca, ajudar a empreiteira a realizar obras no país africano.

Agora, o ex-chefe de Estado brasileiro é acusado das práticas de corrupção, tráfico de influência e de branqueamento de capitais nos valores de 7,7 milhões de reais (1,8 milhões de euros) e 355 mil reais (84,2 mil euros).

O magistrado também determinou o desmembramento do processo em dois sendo que um deles analisará apenas a aconduta de Lula da Silva e outro a de José Emmanuel Camano Ramos, sobrinho d ex-presidente que é réu neste mesmo processo.