“Recentemente, temos assistido a ataques precisamente direcionados a alvos civis. Pedi especificamente um relatório sumário sobre quantos mísseis russos atingiram alvos militares e quantos civis. A título de comparação, desde o início da guerra em grande escala, houve 17.314 ataques a alvos civis e 300 a alvos militares”, avançou ele.
Em declarações às estações televisivas ucranianas, Yenin defendeu que esta estratégia de guerra é própria de quem quer “aniquilar os ucranianos” e que os soldados russos têm nas mãos o sangue de civis.
O ministro mencionou ainda o ataque à cidade de Vinnytsia, no qual foram mortas pelo menos 23 pessoas, incluindo três crianças com menos de dez anos de idade, e acrescentou que grupos operacionais de investigação da Polícia Nacional e dos serviços secretos do Interior já começaram a estudar o local do incidente.
Moscovo alega ter visado em Vinnytsia uma “messe de oficiais” onde decorria uma reunião entre Força Aérea da Ucrânia e fornecedores de armas naquela cidade no centro do país e longe da linha da frente, cujo bombardeamento foi muito criticado pelos países que apoiam Kiev.
O chefe da administração militar regional de Mykolaiv, Vitaliy Kim, relatou que as tropas russas atacaram as duas maiores universidades da região com mísseis.
“A Rússia terrorista atacou hoje as duas maiores universidades de Mykolaiv. Pelo menos dez mísseis. Agora estão a atacar a nossa educação. Apelo às universidades de todos os países democráticos para que mostrem o que a Rússia realmente é: terrorista”, escreveu Kim numa publicação na rede social Twitter.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de cinco mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,7 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Também segundo as Nações Unidas, 15,7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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