As “estimativas oficiais do Estado-Maior do Exército variam de 10.000 a 12.500 ou 13.000 mortos”, disse o conselheiro presidencial ucraniano Mikhail Podoliak, citado pela agência espanhola EFE.

Num vídeo divulgado na quarta-feira, em que defendeu a criação de um tribunal especial para julgar crimes de guerra russos, Von der Leyen disse que mais de 100.000 soldados e mais de 20.000 civis ucranianos tinham sido mortos em nove meses de guerra.

Posteriormente, o seu gabinete admitiu incorreções na informação e esclareceu que o número de 100.000 se referia a mortos e feridos, segundo a agência norte-americana AP.

Podoliak disse hoje que os números referidos por Von der Leyen estavam errados.

“É óbvio, por isso retiraram o vídeo e retiraram esses números”, comentou o conselheiro do Presidente Volodymyr Zelensky a uma televisão ucraniana.

Podoliak disse também que o número de civis ucranianos mortos na guerra é superior aos 20.000 referidos pela chefe do executivo da União Europeia (UE).

A Ucrânia e a Rússia têm reivindicado alguns números sobre baixas militares infligidas à outra parte, mas sem validação independente, tal como muitas das informações que divulgam sobre o curso do conflito.

Ambos os lados são suspeitos de minimizar a escala das suas perdas para não prejudicar o moral das suas tropas.

O Estado-Maior do Exército ucraniano disse hoje que cerca de 90.000 soldados russos morreram desde o início da invasão, incluindo 650 durante o dia de quarta-feira.

Em 10 de novembro, o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Mark Milley, disse que a Rússia já tinha sofrido “bem mais de 100.000” militares mortos e feridos na invasão da Ucrânia.

Disse também que os números entre as fileiras ucranianas seriam “provavelmente semelhantes”.

“Estamos a falar de bem mais de 100.000 soldados russos mortos ou feridos. O mesmo provavelmente do lado ucraniano”, afirmou então.

Contudo, Zelensky disse à rede de televisão norte-americana CNN, no mesmo dia, que Moscovo tinha perdido “dez vezes mais” militares do que Kiev desde o início da invasão.

Anteriormente, em junho, Zelensky tinha dito que a Ucrânia estava a perder “60 a 100 soldados por dia, mortos em ação, e cerca de 500 pessoas feridas em ação”, de acordo com a agência francesa AFP.

No campo contrário, o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, afirmou, em setembro, que 5.937 soldados russos tinham sido mortos até então, e colocou as baixas militares ucranianas em 61.200.

A ONU tem divulgado números sobre a morte de civis ucranianos, mas apenas os que consegue confirmar, alertando sempre que os seus dados estarão muito aquém dos reais.

O seu número mais recente é de 6.655 civis mortos desde o início da guerra.

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