Mykhailo Podolyak, conselheiro do Presidente Volodymyr Zelenskyy, disse que não se conhece em que condições estão, depois dos combates, as instalações da central, onde há um abrigo de proteção e o armazenamento de resíduos nucleares.

Um reator nuclear daquela central explodiu em abril de 1986, quando a Ucrânia fazia ainda parte da antiga União Soviética, expondo resíduos radioativos em toda a Europa no pior desastre nuclear do mundo.

O reator que explodiu foi coberto por um abrigo de proteção para evitar fugas radioativas e a produção parou na central, que foi desativada.

Podolyak disse que depois de “um ataque absolutamente sem sentido dos russos neste local, é impossível dizer se a central nuclear de Chernobyl está segura”.

O conselheiro ucraniano acusou a Rússia de poder usar a central para lançar provocações e descreveu a situação como “uma das ameaças mais graves à Europa”.

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus “resultados” e “relevância”.

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.