Acompanhado pelo alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, o responsável pelas Relações Exteriores da Ucrânia manifestou otimismo em relação à votação da resolução denominada “Princípios subjacentes à paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia”, que irá decorrer numa sessão especial da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que assinala um ano da invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Passamos horas a conversar aqui com vários países, que têm várias posições. Mas todos devemos estar unidos com um único objetivo, que é defender as bases desta organização e da carta da ONU”, disse Kuleba, enfatizando que não se trata de “tomar partido pela Ucrânia”.

“Este é um teste para muitos países tomarem partido. Como eu disse, não se trata de tomar partido pela Ucrânia, mas de tomar partido pelo direito internacional, representado pela carta da ONU, ou pelo lado da Rússia, que o viola. É muito, muito simples”, acrescentou, sem tentar antecipar o resultado da votação.

Embora a resolução não tenha caráter vinculativo, o ministro indicou que mostrará as posições de cada país e, portanto, tem valor político, já que “se não tivesse impacto, a Rússia não estaria a lutar ferozmente” contra o documento.

Por outro lado, Kuleba admitiu ter discutido com um alto diplomata chinês sobre “o princípio da integridade territorial”, que descreveu como um problema “comum”, e também os “pontos principais” de uma proposta que Pequim poderá apresentar “em alguns dias” (para colocar um fim à guerra), embora tenha manifestado alguma desconfiança ao afirmar que “o diabo esconde-se nos detalhes”.