Na quinta-feira, Biden avisou que se o grupo islamita Hamas e Putin não pagarem pela dor que causaram em Israel e na Ucrânia, haverá mais “caos” e mais “morte” no mundo.
Para o líder norte-americano, “o Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas partilham algo em comum: ambos querem aniquilar completamente as democracias vizinhas”.
Biden afirmou que o sentido da existência do Hamas – considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos, mas não pela Rússia – é aniquilar Israel, enquanto Putin nega à Ucrânia o direito de existir como um Estado independente.
“Não consideramos este tom aceitável em relação à Federação Russa e ao seu presidente”, disse o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, para quem a retórica de Biden não é própria de um político responsável.
Relativamente às declarações de Washington sobre a necessidade de conter a Rússia, o porta-voz do Kremlin garantiu que essas tentativas foram e serão infrutíferas.
Dmitri Peskov também negou que a Rússia esteja a perseguir deliberadamente cidadãos dos EUA, na sequência da detenção de uma jornalista russo-americana da Radio Free Europa/Radio Liberty (RFE/RL).
“Na Rússia não há nenhuma campanha que persiga os cidadãos americanos”, garantiu Peskov, embora tenha reconhecido que “há cidadãos norte-americanos que violam as leis e contra os quais são tomadas medidas legais”.
A jornalista russo-americana Alsu Kurmasheva foi detida na quarta-feira em Kazan, capital da república russa do Tartaristão, por não se registar como “agente estrangeiro”, segundo a RFE/RL, meio de comunicação para o qual trabalha.
O crime de que é acusada a jornalista, membro da Redação do serviço Tatar-Bashkir desta estação com sede em Praga, é punível na Rússia com uma pena até cinco anos de prisão.
A detenção de Kurmasheva não é a primeira este ano na Rússia de jornalistas com cidadania norte-americana.
Em 30 de março, o Serviço Federal de Segurança da Rússia anunciou a prisão do repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, sob a acusação de espionagem.
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