A nova entidade anunciou que será financiada em partes iguais pelos dois países, após a assinatura do memorando de entendimento, presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo Presidente chinês, Xi Jinping, em que estiveram presentes Ricardo Mendes, do grupo Tekever, e Jiancun Gong, diretor do Instituto de Microssatélites da Academia de Ciências Chinesa.
O StarLab vai desenvolver tecnologias e sistemas de engenharia para melhorar o conhecimento, a gestão e a exploração sustentável dos oceanos e do espaço.
“No total, está previsto um investimento que ronda os 50 milhões de euros nos próximos anos e a abertura de centros de investigação e desenvolvimento em Portugal e na China”, lê-se no comunicado emitido pelo StarLab.
“Além de fortalecer uma parceria de longo prazo entre a China e Portugal nas áreas da ciência e tecnologia, os objetivos do StarLab estão alinhados com a iniciativa do Air Centre, anunciada recentemente pelo governo, e que se consubstancia numa abordagem integrada ao estudo do Espaço e dos Oceanos.”, de acordo com Ricardo Mendes.
Segundo o mesmo responsável, trata-se de uma excelente oportunidade para acelerar o desenvolvimento tecnológico na área dos micro-satélites e da robótica marítima, bem como criar uma infraestrutura de observação que permita oferecer novos tipos de serviços a toda a comunidade atlântica.
O laboratório conta com a participação do Instituto de Microssatélites da Academia de Ciências Chinesa, que nos últimos 15 anos foi responsável pelo lançamento de perto de 40 satélites no âmbito de missões científicas, assim como do Instituto de Oceanografia da Academia de Ciências Chinesa, especializado na avaliação de recursos, alterações climáticas e biodiversidade, estando previsto que outros organismos na órbita da Academia de Ciências Chinesa possam vir a trabalhar com o laboratório.
Do lado nacional, a iniciativa está a ser impulsionada pela TEKEVER, com foco na área do Espaço, e pelo CEiiA (Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto), na área dos Oceanos, e com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
A atividade do StarLab vai ainda envolver novos centros de Investigação e Desenvolvimento e universidades, de ambos os países.
As metas, a nível científico, passam pelo estudo de fenómenos naturais e os potenciais impactos sistémicos e ambientais, prevendo-se o desenvolvimento de soluções tecnológicas baseadas, nomeadamente, em microssatélites e na integração com plataformas robóticas de exploração do mar profundo.
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