"É preciso tomar medidas de segurança e detonar muito do material. Ainda hoje haverá mais situações, duas ou três, presume-se, porque só assim conseguiremos progredir em segurança", explicou aos jornalistas, no ponto de situação feito às 15:30.

Seis pessoas morreram e duas ainda estão desaparecidas na sequência de explosões na terça-feira numa fábrica de pirotecnia em Avões, Lamego.

Segundo Vítor Rodrigues, este trabalho de detonação decorreu da necessidade de "garantir essa mesma segurança, com o aumento do perímetro", de forma a ser "feito um trabalho sério e consequente".

O responsável da GNR considerou prematuro quantificar os explosivos que estão no terreno, contando que, "a todo o momento", está a ser encontrado material que é tratado "tecnicamente como tem de ser tratado".

"Não há noção exata do que ainda exista, mas não deve ser grande coisa porque a maioria rebentou", acrescentou.

No seu entender, como há "paióis vários, com muito material", o trabalho relacionado com a limpeza dos explosivos "deverá prolongar-se para além do dia de hoje".

O comandante operacional distrital de Viseu, Miguel Ângelo David, disse que se mantêm as duas pessoas desaparecidas.

"Vamos ter ainda que proceder a uma manobra de inativação de explosivos, por forma a criarmos uma zona de segurança para as nossas equipas poderem progredir no terreno. Mantemos o mesmo efetivo, os meios que temos no local de momento são os suficientes e os adequados", explicou.

De acordo com Miguel David, o perímetro de buscas foi alargado e as equipas estão a fazer essa progressão.

No que respeita ao trabalho de identificação das vítimas, encontram-se no terreno equipas do Instituto de Medicina Legal de Coimbra e do Porto, acompanhadas por equipas de bombeiros, para além de estarem a ser feitas diligências policiais.