“Ao fim de 20 anos de atividade e cumprido o seu ciclo de vida, muito devido à sua exposição à proximidade do mar e à presença de gás sulfídrico presente nas águas residuais, a instalação necessita de uma grande intervenção nos órgãos, equipamentos e edifícios”, explicou a empresa à agência Lusa.

O objetivo é efetuar uma “remodelação profunda da instalação ao nível das etapas de tratamento existentes e também dos edifícios operacionais”.

Vão ser feitas diversas obras de construção civil, nos equipamentos e nas instalações elétricas, “para uma adequada operacionalidade e segurança da instalação, conferindo fiabilidade aos equipamentos e operações unitárias”.

A empreitada integra intervenções já executadas anteriormente para construir um terceiro canal que dê à ETAR maior capacidade para acomodar afluências associadas a chuvadas, bem como a eventuais picos anómalos de caudal em época alta.

Com a obra, a Águas do Tejo Atlântico tem como objetivos aumentar a capacidade de tratamento desta ‘fábrica da água’ do distrito de Lisboa para tratar águas residuais de 30 mil habitantes, ou seja, “tratar os caudais atuais e futuros afluentes, em época baixa e em época alta, tendo em conta a sazonalidade da região em que insere”.

As etapas de tratamento vão ser redimensionadas tendo em conta a população a servir, com tecnologias que pretendem maximizar a eficiência, minimizar os custos operacionais e tornar a operação da instalação o mais automática possível.

Com as obras, a água da ETAR vai ser reaproveitada para usos internos.

A intervenção abrange ainda a construção de um parque solar fotovoltaico para autoconsumo na estação, aumentando a eficiência energética da instalação. A empreitada vai decorrer durante dois anos e nove meses depois de consignada.