A empreitada, cujo anúncio de concurso público foi publicado hoje em Diário da República, prevê “a construção do memorial, os acessos rodoviários, que inclui uma zona de inversão de marcha para circulação proveniente de sul e renovação da paisagem marginal da EN [estrada nacional] 236-1″, afirmou fonte oficial da IP, em resposta a perguntas da agência Lusa.
Ao longo de cerca de dois quilómetros daquela estrada nacional onde morreram muitas das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande vão ser ainda “plantadas um conjunto de diferentes espécies arbóreas autóctones”, acrescentou.
A maioria do investimento (cerca de 1,4 milhões de euros) será aplicado na construção do memorial, referiu.
Segundo a mesma fonte, a IP prevê que a conclusão dos trabalhos ocorra durante o primeiro semestre de 2022.
Em 2019, numa sessão que se realizou no município de Castanheira de Pera, foi assinado um protocolo entre a Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG) e a Infraestruturas de Portugal para a construção do memorial.
O projeto do memorial é da autoria do arquiteto Eduardo Souto Moura, sendo que será constituído por uma balsa de água ligada a uma fonte, simbolizando a vida e o nascimento.
“A água como purificação é um elemento transversal em todas as culturas e religiões”, afirmou na altura o arquiteto, salientando que a balsa de água desenhada tem a “dupla função de evocar o renascimento, que pensamos que vai acontecer e, se houver outro incêndio, os bombeiros têm onde ir buscar água”.
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