“Foram constituídas arguidas duas pessoas, mas as diligências prosseguem e não podemos excluir a possibilidade de haver mais arguidos no âmbito do processo”, disse à agência Lusa o diretor da PJ de Setúbal, João Bugia.

De acordo com o responsável da PJ, a investigação policial teve início na sequência de uma denúncia de alegada negligência e maus tratos a idosos que se encontravam naquele lar clandestino, que foi encerrado quinta-feira.

“Na sequência da denúncia presencial foi iniciada uma investigação para comprovar a fundamentação da mesma”, disse João Bugia, adiantando que o lar clandestino estava instalado em edifícios vocacionados para a atividade agrícola, que não reuniam condições mínimas para o exercício da atividade.

Na operação de busca realizada pela PJ no lar clandestino das Lagameças, com a colaboração da Segurança Social, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e Delegado de Saúde de Setúbal, foram identificados 27 idosos, cinco dos quais encaminhados de imediato para o Hospital de São Bernardo, em Setúbal.

Contactado pela agência Lusa, o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), que integra o Hospital de São Bernardo, confirmou que na quinta-feira deram entrada no serviço de urgência cinco utentes do lar das Lagameças, por indicação do Delegado de Saúde de Setúbal.

De acordo com o CHS, ao final do dia de quinta-feira, apenas um dos cinco utentes do referido lar permanecia em observação, mas já com a previsão de que teria alta hoje, e os outros quatro, que já tinham tido alta, aguardavam apenas que os familiares ou a Segurança Social encontrassem um lar que os pudesse receber.

Questionado pela agência Lusa, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social confirmou a realização de uma “ação de fiscalização”, em articulação com a autoridade de saúde, que “determinou o encerramento urgente de um estabelecimento não licenciado”, nas Lagameças, em Palmela.

De acordo com o ministério, os “27 utentes do lar foram transferidos para uma resposta assegurada pela Segurança Social”.

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