“Eu vou ser deputado do povo”, declarou o cabeça de lista do partido RIR - Reagir, Incluir e Reciclar, Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, durante o 1.º Congresso do partido, que decorreu esta tarde no Coreto do Jardim de São Lázaro, no Porto.

O candidato garantiu que nunca vai abandonar o povo, "porque o povo é que sabe o que é a realidade” e lançou críticas àqueles políticos que só aparecem na altura das eleições.

“O mandato tem quatro anos e os políticos aparecem só tipo 'aves de rapina' na altura dos votos. Os políticos têm de andar sempre no meio do povo, não é só quando há votos”, observou.

Durante o congresso, o candidato destacou a “transparência” e a luta contra a corrupção da moção de estratégia, designada por “A Semente”, hoje apresentada no Porto, aos cerca de 30 subscritores presentes.

“É por isso que estamos aqui [no coreto do jardim de São Lázaro, no Porto], à luz do dia, às claras. Os políticos têm de fazer política às claras. O povo está farto da escuridão na política e é por isso que estamos aqui, porque as luz do sol é boa para todos. O sol quando chega, chega para todos. E também chega aos políticos. E os políticos que usem a claridade, porque é preciso a claridade. A clareza, a transparência”, defendeu.

O ex-candidato às eleições presidenciais de 2016 e agora candidato às legislativas de 6 de outubro confessa que não “gosta muito” da palavra corrupção.

“Já estou farto dessa palavra", admitiu, apesar de prometer lutar pela “transparência”, “claridade” bem como pela “luz” e por “mais oxigénio para o povo”.

“Estamos aqui neste jardim [de São Lázaro], porque eu não quero só os votos das pessoas, também quero o voto das árvores, porque é preciso oxigénio. O povo tem dificuldades em respirar e eu quero que o povo respire melhor, e esta é a razão de estarmos aqui, porque o povo precisa de respirar melhor e respira mal por causa de muitas atitudes de muitos políticos que fazem políticas às escuras e que não usam a claridade, não usam a luz do dia”, assumiu, prometendo ir lutar pela transparência, pela claridade.

“É preciso luz e os políticos têm de ser humildes, porque o homem é apenas uma espécie e às vezes comportam-se como se fossem donos disto tudo”, acrescentou, assegurando que nunca irá abandonar o povo.

O partido RIR, que é o 25.° partido português e que foi aprovado pelo Tribunal Constitucional a 30 de maio de 2019 , apresentou hoje no seu primeiro congresso a moção de estratégia “A Semente”, a qual, além de combater a corrupção e a impunidade, também se destaca a defesa do Sistema Nacional de Saúde e de Educação, bem como a defesa da reflorestar no país e a preservação da qualidade e quantidade dos recursos hídricos.

“Vamos reagir no pressuposto de que as nossas ações políticas culminem com a satisfação das necessidades da maioria dos portugueses, que sobrevivem com dificuldade e anseiam que o partido vá incluir medidas sociais e outras, contra qualquer desigualdade, preconceito e racismo, sem esquecer o imperioso desenvolvimento económico e sustentável do país”, lê-se na moção a que a Lusa teve acesso.