“Tenho muita estima pela IL, estou muito agradecido que me tenha apoiado [na candidatura à autarquia] e, portanto, vim desejar-lhe felicidades”, afirmou o independente Rui Moreira em declarações aos jornalistas.
A comitiva da IL arrancou da Praça dos Leões, no Porto, e prosseguiu pelo centro da cidade onde, a meio do percurso, se encontrou com o autarca portuense.
Rui Moreira, que no domingo exerceu o voto antecipado no Palácio de Cristal, onde se cruzou com António Costa, não revelou em quem votou, como era de esperar, dizendo apenas ser “muito grato” às forças políticas que apoiaram a sua recandidatura, nomeadamente IL, CDS-PP e Nós, Cidadãos!.
“Não me vou pronunciar sobre isso [em quem votou], devo guardar as minhas convicções”, sublinhou.
Já na terça-feira à noite, Moreira marcou presença numa iniciativa do CDS-PP no Palácio de Cristal.
Dizendo que veio dar um abraço a João Cotrim de Figueiredo, de quem é amigo há vários anos, o independente recordou que tem um vereador no executivo municipal, um presidente de junta de freguesia e deputados municipais da IL.
Por seu lado, o presidente da IL mostrou-se “muitíssimo satisfeito” pelo apoio de Rui Moreira, recordando ter apoiado de forma “convicta e empenhada” a sua recandidatura à Câmara do Porto.
Enquanto caminhavam lado a lado, onde também estava o candidato da IL à Presidência da República, Tiago Mayan, Cotrim de Figueiredo ia confidenciando a Moreira que sente as coisas a mudar, apesar de não se poder deixar enganar pelo que sente e vê nas ruas.
“Um amigo meu disse-me para não me deixar enganar pelas ruas porque achas sempre que vais ter maioria absoluta”, disse.
Antes do encontro com Moreira, o liberal foi abordado na Rua das Flores, junto à Estação de São Bento, por lesados do papel comercial do antigo Banco Espírito Santo (BES) que rejeitaram a solução encontrada para os ressarcir parcialmente dos montantes investidos.
“Há sete anos e meio que andamos na luta e queria ouvir a sua opinião”, pediu um dos lesados, Jorge Novo.
O liberal, que não quis dar opinião por não saber totalmente do que se trata, prometeu olhar para o assunto e tomar uma posição.
“Sei que foram lesados na sequência do resgate de um banco que faliu por atos criminosos de uma gestão e que o Estado resolveu sanear o banco e não resolveu os problemas todos”, disse Cotrim de Figueiredo, sublinhando precisar de mais dados para poder formular uma opinião.
Prometendo “olhar para o assunto”, Cotrim de Figueiredo e Jorge Novo trocaram contactos para conversarem mais tarde.
Mas, não foram só problemas que as pessoas lhes fizeram chegar durante a arruada, mas apoio com Marta a dispensar argumentos para votar na IL.
“Já estou convencidíssima e, mais, estou expectante”, confessou.
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