“Todos os 79 estudantes foram libertados”, disse Tchiroma, que não especificou as condições sob as quais esta libertação foi conseguida.
As crianças da Escola Secundária Presbiteriana de Bamenda foram sequestradas juntamente com três membros da direção.
Foi a primeira vez que um sequestro desta dimensão ocorreu nos Camarões.
Habitualmente, este tipo de atos acontecem no norte da Nigéria, da responsabilidade do grupo jihadista Boko Haram, como o que ocorreu em Chibok, onde mais de 200 meninas foram sequestradas do seu colégio interno em 2014, provocando indignação de todo o mundo.
A libertação das 79 crianças ocorre um dia depois de o Presidente Paul Biya, de 85 anos, ter sido empossado em Yaoundé, após ter sido reeleito no passado dia 07 de outubro, pelo sétimo mandato consecutivo.
Um vídeo divulgado na terça-feira atribuía a responsabilidade do sequestro ao grupo separatista pela independência do Estado de Ambazonia, os “Amba Boys” (Rapazes de Amba).
Durante o dia, um comunicado alegadamente da Comissão de Políticas Internacionais da Ambazonia (AIPC, em inglês) reclamava que o vídeo é falso e que os atos foram cometidos a mando do “regime ditatorial de Paul Biya”, Presidente do país.
A chamada crise anglófona nos Camarões começou em 2016, com protestos pacíficos para um uso mais igualitário do inglês em tribunas e centros educativos nas regiões anglófonas do noroeste e sudoeste.
A forte repressão pelo Governo camaronês levou ao aparecimento de grupos armados, no final de 2017.
No último ano, centenas de pessoas morreram devido a ataques violentos e confrontos entre as Forças Armadas e as milícias separatistas, com várias instituições – incluindo escolas – a serem invadidas.
Em setembro, durante o início do período escolar 2018-2019, seis alunas e o diretor de uma escola foram sequestrados na região anglófona dos Camarões e um outro diretor foi assassinado.
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