Durante uma concentração da tradicional festa anual que a Liga do Norte celebra em Pontida, na província setentrional italiana de Bérgamo, o dirigente apareceu com uma camisola com a inscrição “Salvini primeiro”.
Salvini reiterou aos possíveis aliados numa coligação de centro-direita a intenção de ser o candidato a presidente do Governo para as próximas eleições gerais, previstas para fevereiro do próximo ano.
No seu discurso, Salvini criticou a justiça, que na semana passada bloqueou as contas do partido (devido a ações do ex-líder Umberto Bossi) e reiterou a proposta de que os juízes “sejam eleitos pelo povo”.
Salvini também prometeu que se chegar ao Governo abolirá as leis Mancino e Fiano, ligadas à apologia e propaganda do fascismo. “As ideias não se processam, essas coisas faziam-se na antiga URSS. Os de centro-esquerda comportam-se como o regime dos anos 20, que tapava a boca aos opositores”, afirmou.
E disse que dará “mãos livres” à polícia, perante a degradação das cidades e a criminalidade, e prometeu reintroduzir o crime de imigração clandestina.
Perante cerca de 50.000 pessoas, segundo a organização, Salvini advertiu que com ele na liderança do Governo “a Turquia nunca entrará na Europa”. E acrescentou: “Ou se mudam os tratados e nos dão a possibilidade de controlar a moeda, os bancos, os portos ou o trabalho, ou é melhor sozinhos”.
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