“Realmente espero que este incidente, que nos surpreendeu a todos, sirva como um marco para acabar com a política de ódio e confronto e restaurar uma política decente na qual nos respeitamos uns aos outros e coexistimos (…) Deveríamos pôr fim à guerra política em que temos que matar e eliminar adversários”, disse Lee à imprensa.
Após deixar o hospital, o político agradeceu à polícia, aos médicos e aos serviços de emergência que o trataram em Busan, no sudeste do país, onde aconteceu o ataque, e na capital Seul, para onde foi levado de avião e submetido a uma cirurgia.
Lee prometeu também dedicar o resto da vida a servir o povo da Coreia do Sul, avançou a agência de notícias Yonhap.
O ataque aconteceu enquanto o líder do Partido Democrático (PD) falava com jornalistas numa conferência de imprensa no novo aeroporto de Busan, na ilha de Gadeok.
Um homem de 67 anos aproximou-se de Lee e esfaqueou-o no lado esquerdo do pescoço, causando danos à veia jugular interna.
Lee foi levado para o hospital onde foi submetido a uma cirurgia e depois transferido para os cuidados intensivos.
O atacante foi detido no local e o motivo do crime está atualmente a ser investigado, embora as autoridades tenham indicado que o agressor manifestou ressentimento para com os políticos e a situação económica que a Coreia do Sul atravessa.
Além disso, a polícia sul-coreana deteve na segunda-feira um homem de 70 anos por supostamente ajudar e facilitar o ataque.
O alegado cúmplice tinha concordado em publicar uma nota escrita pelo agressor, na qual acusava o PD de se dedicar a “salvar Lee” a nível político em vez de a fazer oposição ao Governo.
Lee Jae-myung perdeu as eleições presidenciais de 2022 para o atual Presidente, o conservador Yoon Suk-yeol, por uma margem estreita.
Durante a campanha, Lee, antigo governador da província de Gyeonggi, a mais populosa da Coreia do Sul, tinha proposto algumas medidas inovadoras, incluindo a criação de um rendimento mínimo universal e uniformes escolares gratuitos.
Comentários