“O mais amplo consenso entre o povo de Taiwan e os nossos vários partidos políticos é que devemos defender a nossa soberania nacional e o nosso modo de vida livre e democrático”, afirmou.
“Neste ponto, não deixamos margem para compromissos”, insistiu Tsai.
No discurso, a líder traçou um paralelo com a invasão russa da Ucrânia, que reavivou as preocupações em Taiwan sobre uma tentativa idêntica por parte de Pequim.
Tsai comparou o conflito na Ucrânia com o objetivo da China de um dia assumir o controlo de Taiwan, ilha com 23 milhões de habitantes.
“Não podemos absolutamente ignorar os riscos que estas expansões militares representam para a ordem mundial livre e democrática. Estes desenvolvimentos estão indissociavelmente ligados a Taiwan”, sublinhou.
Pequim considera a ilha, que tem um governo autónomo, parte do seu território, a ser recuperada um dia, se necessário pela força, caso Taipé declare formalmente a independência.
No ano passado, Taiwan registou um recorde de 969 incursões aéreas militares chinesas, indicou a agência de notícias France-Presse, mais que o dobro das 380 incursões em 2020.
Em março, o porta-voz do Ministério da Defesa da China Wu Qian rejeitou as “tentativas do Partido Progressista Democrático” (PPD, no poder em Taipé) de estabelecer paralelos “entre a questão da Ucrânia e a questão de Taiwan”.
“Taiwan não é a Ucrânia. A questão de Taiwan é um assunto interno da China, que não tolera qualquer interferência estrangeira”, afirmou o porta-voz.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, depois da derrota na guerra civil frente aos comunistas.
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