Em entrevista ao jornal ‘online’ Eco, Assunção Cristas repetiu ser a favor da continuação de Joana Marques Vidal como PGR e até fez um apelo ao Presidente da República “para ouvir os partidos nesta matéria”.

“É verdade que esta é uma competência do Governo e, depois, uma nomeação do Presidente da República, portanto, tudo se joga entre primeiro-ministro e Presidente”, justificou.

A líder centrista admitiu que podem ter sido cometidos erros durante o mandato, havendo necessidade de resolver “questões de fundo”, como as fugas de informação, mas fez um balanço positivo do tempo de Joana Marques Vidal à frente do Ministério Público.

Assunção Cristas olha para o mandato da procuradora e vê “alguém com isenção, com imparcialidade, uma perceção de que a Justiça é mesmo para todos”.

“Não há cidadãos de primeira e de segunda no que toca à relação com a Justiça, e acho que isso é um valor muito importante”, acrescentou.

Após as primeiras afirmações de Assunção Cristas a favor da continuação de Marques Vidal - no início do ano, a ministra da Justiça sublinhou o seu entendimento de o PGR ter mandato único de seis anos – o primeiro-ministro afirmou, em 09 de agosto, que a escolha do PGR “não é uma matéria de luta partidária”.

António Costa acrescentou que, “naturalmente, irá proceder, no momento próprio, à audição de todos os partidos da oposição”, apresentando depois a sua proposta ao Presidente da República, que a "avaliará e aceitará ou não".

Dois dias antes, em 07 de agosto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou que "não há nenhuma razão para dramatização" quanto à recondução, ou não, da atual PGR, pois é uma decisão que "faz parte da vida das instituições".

O mandato de Joana Marques Vidal termina em 12 de outubro.